Não dá para falar do 3 com poucas palavras, pois é preciso sentir sua essência e sua vida pulsando no intimo para entende-lo.
O 3 é intenso, alegre, prolixo, excessivo na comunicação, perde-se nos detalhes e emenda as historias uma na outra como se não tivesse fim...
Os impulsos internos, aliados a sensibilidade do meio, traz novas ideias e percepções produzindo algo novo e inesperado, como uma nova via de solução para os impasses.
Surge então um novo desejo e uma nova necessidade.
A mente se torna fértil, pois ao idealizar um objetivo e sentir as sensações, é como se os realizasse internamente, através da visualização clara e perfeita.
Quase que no mesmo instante que idealiza e sente, percebe novas nuances e novas possibilidades, como se houvesse um desdobramento da ideia inicial.
Esta fertilidade se torna então uma verdadeira armadilha e sem saber a criatura apaixona-se por suas próprias ideias e projetos e alimenta-se delas.
Um forte impulso interno que amplifica os sentimentos através de imagens claras e nítidas daquilo que deseja , realimentando o impulso dentro de si mesmo.
Uma forte mistura de individualismo e sensibilidade trazendo muita energia e esperança, despertando novas crenças naquilo que idealiza, sem a necessidade de comprovação.
As ideias e paixões são movidas pela sua necessidade individual de autoestima.
Ele é fortemente movido por crenças, mas não precisa de comprovações pois as crenças crescem e se realimentam em sua imaginação criando um mundo interno onde as coisas se realizam com grande facilidade.
Ele não conhece ainda os limites e por isso tudo é possível e permitido perante sua consciência, e não deseja que nada ofereça obstáculos a sua liberdade de expressão.
Ele é voltado para fora, para a expressividade, e tem pouca consciência das suas razões e necessidades.Age como uma criança que quer se deliciar e satisfazer os sentidos que afloram em novas ideias criativas.
Ele contém a essência do movimento e da mudança, do sentir e perceber os detalhes .
Duas forças que juntas se tornam muito mais poderosas que cada uma delas separadas, pois ele sempre encontra uma saída mágica para os impasses e obstáculos, criando o poder da expressividade.
Por desconhecer e detestar os limites, não conhece também o processo das coisas e acredita em soluções mágicas e inesperadas, sem conseguir ligar origem e destino, causa e efeito.
Não tem cadencia nem ritmo pois não aceita limitações para seus desejos e ideias.
Age de forma desorganizada, a medida que os impulsos criativos afloram em sua mente gerando fortes sentimentos, conferindo uma certeza de realização, uma esperança e uma fé poderosa em suas ideias.É o elemento fundamental da fé e da esperança, que espera uma solução do inesperado.
É aquilo que justifica a frase de Renato Russo : " O acaso vai me proteger, quando eu andar distraído..."
Ele sabe dar nó em pingo d'água, ou seja, não há situação por mais embaraçosa que seja que ele não encontre uma saída criativa. Por isso despreza a logica, o planejamento e a organização, pois acaba se acostumando com o seu jeito meio desorganizado de resolver as coisas.
Seu lema é : "No final dá tudo certo, e se não deu certo ainda é porque não chegou ao final"
Ele precisa transbordar para fonte continuar fluindo, e este fluir é quase um vício inebriante, que ele precisa para se sentir vivo.
Uma pequena faísca pode incendiar a sua mente e disparar uma processo criativo difícil de controlar.
Ele é o exercício da autoestima, da valorização individual, da vaidade e da expressão da beleza e da forma, que zela e cuida da sua imagem pessoal como um patrimônio valioso. Por isso teme a crítica ou qualquer outra forma que deprecie sua imagem e reputação.
Tudo tem que ter cor, cheiro, sabor e beleza para a vida valer a pena...
Ele é o grande Poder que faz a vida ser mais bela e alegre, uma grande festa que nos convida a viver, pois sem esta beleza a vida seria um grande projeto tecnicamente bem montado, perfeito em sua essência, mas frio e sem sentido...Ele é a própria alegria de viver...
O problema é controlar tanta alegria e criatividade e continuar a obra ...
João Sérgio
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