Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de abril, 2017

Os meus professores

"Os Professores precisam de uma Escola-Casa, precisam de fazer da sala de aula a sua sala de estar – e, na verdade, a sua cozinha, o seu jardim, o seu atelier inspiração. Havia de existir, na Escola, quem fosse o Cuidador do Professor que lhe levasse, na primeira hora da manhã, flores frescas para a sala [e um café extra nos dias cinzentos ]. Os Professores não merecem aulas de noventa minutos, nem sequer merecem aulas. O dia a dia de um professor havia de ser passado onde e como ele bem quisesse, junto dos seus alunos-convidados, na sua casa-escola ou fora dela, nesse espaço maravilhoso que é a escola-jardim, a escola-rua, a escola-mundo. Os Professores precisam de ter, uma vez por semana, Conselhos Amorósicos que lhes falem de compreensão e esperança e happy hours todos os dias; precisam de sentir-se aprendizes junto das crianças e de poder mudar de profissão quando deixarem de estar apaixonados pela infância e pelo que fazem. Os Professores precisam de

Sobre o tempo

"Nós somos duração (ou, pelo menos, «duro desejo de durar», como Paul Éluard defendia). Quer dizer, trazemos em nós a memória e a presença de tempos muito diversos e isso, por muito que nos custe, é um dom. Conhecer-se é tomar consciência desses tempos que coexistem em nós, mesmo no seu contraste. Gostaríamos que a vida fosse mais linear e harmoniosa, não tivesse a marca daquele solavanco ou daquela ferida, não tivesse atravessado aquele estremecimento. É verdade, para bem e para mal, aquilo que Camus escreveu: «O homem é o único animal que se recusa a ser o que é.» Mas em nós coexistirão sempre o breu e a lâmpada, o tesouro e o barro, e a atitude não é mudar aquilo que não podemos mudar, mas perceber que a ambivalência, em certo grau, também é uma respiração que nos pertence. Bem desejaríamos poder travar ou modificar o tempo. Porém, o importante não é ser perfeito: o fundamental é ser inteiro. Trata-se, assim, de integrar, na composição que fazemos da existência, a

Perecer, germinar e florir

Se for para se enterrar que seja para virar semente e renascer. Então, na primavera se tornar flor a colorir o mundo e, no outono, se transmutar em doce fruto a alimentar a humanidade”. O yoskhaz Lindo pensamento, que nos faz refletir sobre o verdadeiro sentido da Páscoa. Morrer, renascer, transformar e aprender. Crescer a cada morte e a cada renascimento. Sem esta transformacao profunda e súbita que é simbolicamente representada na idéia da morte, nossos avancos e conquistas são lentos. As memorias dos erros do passado nos aprisionam e sempre reclamam seu lugar trazendo uma certa inseguranca. Somente a idéia radical de um novo começo rompendo com habitos  e sentimentos enraigados, pode nos dar de fato uma nova chance. Pode ser uma experiencia amarga, mas a alegria e o frescor da juventude do novo ser que nasce será um impulso revigorante para a alma. Podemos esperar que as diversas mortes venham a nos surpreender ou podemos ir ao encontro dela e nos reinventar totalmente f

Quem Eu Sou?

Fiz este Post para meus alunos pedindo que identificassem os números. Achei legal compartilhar com vocês. Calma!  Se você já tem a resposta é porque não entendeu direito a pergunta.  Afinal esta é a pergunta mais difícil de responder do Universo,  e talvez nem haja uma resposta. Perguntei a um Operário e ele me disse que era um eficiente trabalhador, honesto e cumpridor de suas obrigações, que no que ele faz eu podia confiar. Ele sabe colocar pedra sobre pedra e construir grandes obras. Mas que não duvidasse da capacidade e honestidade dele, porque sua reação seria severa. Perguntei a uma Jovem e ela me disse que era bela e sensível, que podia sentir o frescor e o perfume das flores, se encantar com o barulho dos pássaros e dos riachos. Que se apaixona facilmente e se deixa encantar pela vida, mas que espera sempre que as pessoas reconheçam a sensibilidade que coloca na vida. Ela sente cada coisa e percebe tudo através deste sentimento, mas se aborrece facilmente quando não é cor